quinta-feira, 4 de abril de 2013

Smartphone: de proibido por Lei a Objeto de Aprendizagem


 Até pouco tempo atrás, o celular na sala de aula era visto como um vilão. Um desviador da atenção de alunos e motivador de conversas paralelas que nada tinham relação com os assuntos tratados pelo professor. Devido a esses fatores, no estado do Pará foi sancionada a Lei 7.269 que proíbe o uso de aparelhos celulares e eletrônicos como MP3, MP4 e palms dentro das salas de aulas. Proibição essa que se aplica às instituições de ensino fundamental e médio da rede pública estadual

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 Como ex-aluno de ensino médio, posso relatar minhas experiências e levantar uma questão importante, será que essa lei realmente era cumprida com devida eficiência?
Apesar de não ser o foco desse texto, minha resposta: nos casos em que os alunos transgressores eram pegos, sim, na exorbitante maioria, não.

Em uma perspectiva analítica do meu ensino médio, não importa o quanto se fale, discuta ou enfatize, na maioria das vezes os jovens, principalmente quando se refere a uma conduta de proibição de tecnologia, encontram uma forma de burlar e esconder suas atividades. Eles, sabendo que os professores não conseguem realizar uma fiscalização eficiente durante uma aula inteira, encontram uma maneira de usar o bendito, ou melhor, maldito celular durante a aula.

Esses alunos, mesmo observando alguns sendo pegos usando celular e sendo suspensos, levando advertência ou quaisquer punições consideradas adequadas pela escola, continuam a encontrar meios e agir sem a devida consciência na utilização desses aparelhos, mesmo que se pause durante um tempo quando um ou outro são apanhados.

Essa lei seria efetiva se houvesse uma fiscalização contínua, ou de pessoas ou de câmeras, por exemplo, senão os alunos provavelmente encontrariam uma forma de usar o celular sem que o professor visse. Como constatei em meus anos de ensino médio.

Colocar câmeras ou um fiscal em cada sala para prevenir tal utilização seria grande gasto de dinheiro publico, e convenhamos desnecessário para exclusivamente esse fim.

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Se o celular traz tantos problemas, que tal contornar e transformar algo que era para ser depreciador do ambiente de sala de aula em uma ferramenta de auxílio e complemento do assunto a ser tratado? Hoje com a plataforma aberta Android da gigantesca Google e até mesmo com o iOS da apple, há um grande número de aplicativos que são voltados para o ensino de crianças e jovens, os quais podem se tornar força motriz para o interesse e o fascínio destes para com o mundo do conhecimento. 

Moral da História: o celular ou Smartphone (melhor dizendo) podem ser grandes amigos do professor e deixar de ser um vilão. Se bem utilizado e com a devida capacitação do docente pode se tornar uma forte arma contra a ignorância.


  
Autor: Rafael F. Lima

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